Quando atravessa a Maragateria o peregrino inicia a terceira e última fase do Caminho de Santiago.
Está prestes a entrar na Galícia. Após as planuras das “Tierras de León” já se vê ao longe os montes sagrados de Teleno, e mais adiante Aquiana.
As montanhas e bosques estão de volta!
Uma grande expectativa para quem trouxe de muito longe aquela pedra a ser depositada ao pé da Cruz de Ferro. E durante o caminho quantas pedras sinalizaram seus passos de diversas formas.
Passado o Carvalho Peregrino na entrada de Rabanal del Camino as emoções e receios de passar por Foncebadón despertam uma ansiedade que se dilui na direção da Cruz de Ferro. Tanto a romaria de peregrinos da primavera e verão, quanto ao gélido silêncio do outono e inverno em nada muda o ritual do caminhante de pagar o tributo da pedra a ser deixada aos pés da Cruz de Ferro.
Pedidos pessoais, rezas, boa sorte para o final da rota, rituais secretos e outras formas de credo deixam o local com uma energia pura da peregrinação.
Em tempos remotos dizem que a cruz original era em honra a Hermes-Mercúrio para que interviesse com seus favores para ajudar aos viajantes a encontrar um bom caminho.
Em tempos modernos por ocasião do Ano Santo vândalos na calada da noite serram o poste de madeira que sustenta a Cruz de Ferro. Logo em seguida é recuperada, mas os antigos peregrinos percebem a diminuição de sua altura, mas a sua grandeza de valor persiste.
Em noite de Lua Cheia vale a pena caminhar antes do amanhecer para se surpreender.
Muitos até dormem por lá levando pão e vinho.
É o inicio do fim do caminho. Preste bem mais atenção a partir daí.
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