foto de Manuel Rossi
Agradeço a todos que participaram das atividades de Natal
do nosso Grupo.
As festividades de Natal das Crianças de Mato Seco – GO,
e a nossa confraternização de Natal demonstram que estamos percorrendo nossos caminhos
da melhor forma que podemos.
Cada um sabe das suas fraquezas e mazelas, mas segue em
frente na busca do melhor que o nosso “Caminho de Santiago” nos proporciona, e
digo nos proporciona, pois estamos no caminho sem desejo de chegar ao final.
Que prossigamos na “Alquimia do Tempo”
A Alquimia do
tempo.
Certa vez apareceu numa aldeia da Idade Média um
alquimista que prometia ensinar a transformação de qualquer metal em ouro.
Apesar da ironia de algumas pessoas ele pegou uma
ferradura, e derramou sobre a mesma um líquido de um frasco que guardava em sua
sacola de viagem.
Alguns segundos de
silêncio, e para espanto dos curiosos a ferradura sofreu uma transmutação de
metal para ouro.
O objeto foi examinado por um ourives que atestou a
transformação do metal em ouro puro. O povoado inteiro queria agora saber como
obter tamanha riqueza.
O alquimista pegou então um grosso livro de sua sacola e
disse estar contido nele o segredo da transmutação de metais em ouro.
O livro foi entregue a uma criança do povoado, e o
alquimista partiu tranquilo sem que ninguém percebesse o seu súbito
desaparecimento.
Em pouco tempo todos possuíam uma cópia do valioso
manuscrito.
A receita de produzir ouro passou a ser conhecida por
todos.
Como a fórmula era muito complexa logo os menos
persistentes desistiram, e apenas um grupo se manteve fiel ao intento.
A tal fórmula
exigia água destilada mil vezes no silêncio da madrugada, e outros ingredientes
a serem colhidos em noites especiais.
O tempo correu, e o grupo que durante as longas jornadas
proseavam juntos muitas histórias divertidas, e situações inusitadas fizeram
crescer uma grande amizade.
O grupo de alquimia finalmente chegara ao final das
instruções do livro, e lá estava escrito: Se todas as instruções fossem seguidas
teriam o líquido que derramado sobre qualquer metal se transformaria em ouro.
Apesar do grande
empenho muitas condições não puderam ser cumpridas, e o produto final tão
almejado que era a riqueza do ouro transformou-se em uma grande ilusão.
Porém, ao final o grupo entendeu que a maior riqueza não
estava no produto final obtido, mas sim no caminho percorrido por eles. Os
momentos partilhados como verdadeiros amigos tinham uma riqueza amorosa tão
grande que o brilho do ouro não poderia suplantar.
E da Idade Média aos dias de hoje o que nos torna
infinitamente ricos não é a quantidade de ouro que conseguimos produzir, mas os
momentos que compartilhamos com os verdadeiros amigos.
Do texto acima nos reportamos ao nosso ”Caminho de
Santiago de Compostela” por onde peregrinamos, e ao longo de muitas jornadas
encontramos amigos que acreditam também na ”alquimia do tempo”.
Que ao final de mais um ano, ou caminho percorrido,
possamos continuar a nossa “alquimia do tempo” chegando a Santiago de
Compostela sem esquecer a riqueza da amizade sincera ao longo das jornadas
fáceis ou árduas.
Desejo aos amigos e peregrinos.
Um Natal de Luz e Paz e que, na alquimia do tempo, em
2014 percorramos atentos os caminhos antes de mais um final.
Manoel.
Caminho Santiago Brasília.