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O primeiro contato com o “Caminho de Santiago” foi em 1994. Após quase dois anos em busca de informações mais consistentes realizei o meu primeiro caminho em junho de 1996. Após os primeiros passos continuo até hoje. Ao longo dos anos foram percorridos diversos caminhos que levam a Santiago de Compostela. Além do tradicional Caminho Francês percorrido por diversas vezes também realizei outros trajetos. Em destaque o " Caminho Aragonês" , “Caminho País Vasco Interior e da Costa”, “Caminho Cantábrico”, “ Caminho Asturiano Interior e da Costa”, “Caminho Primitivo”, “Caminho Inglês”, “Caminho Português”, “Caminho de Madrid”, “Caminho del Ebro” e “Caminho de Antonino. Tive também a oportunidade trilhar a “Ruta del Cares”, a “Islas Cies”, “Vale de Azkoa-Selva Irati”, e outras ramificações de caminhos da Galícia, Navarra e Astúrias.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Cruz de Ferro - Entre Foncebadón e Manjarin

Quando atravessa a Maragateria o peregrino inicia a terceira e última fase do Caminho de Santiago.

Está prestes a entrar na Galícia. Após as planuras das “Tierras de León” já se vê ao longe os montes sagrados de Teleno, e mais adiante Aquiana.

As montanhas e bosques estão de volta!

Uma grande expectativa para quem trouxe de muito longe aquela pedra a ser depositada ao pé da Cruz de Ferro. E durante o caminho quantas pedras sinalizaram seus passos de diversas formas.

Passado o Carvalho Peregrino na entrada de Rabanal del Camino as emoções e receios de passar por Foncebadón despertam uma ansiedade que se dilui na direção da Cruz de Ferro. Tanto a romaria de peregrinos da primavera e verão, quanto ao gélido silêncio do outono e inverno em nada muda o ritual do caminhante de pagar o tributo da pedra a ser deixada aos pés da Cruz de Ferro.

Pedidos pessoais, rezas, boa sorte para o final da rota, rituais secretos e outras formas de credo deixam o local com uma energia pura da peregrinação.

Em tempos remotos dizem que a cruz original era em honra a Hermes-Mercúrio para que interviesse com seus favores para ajudar aos viajantes a encontrar um bom caminho.

Em tempos modernos por ocasião do Ano Santo vândalos na calada da noite serram o poste de madeira que sustenta a Cruz de Ferro. Logo em seguida é recuperada, mas os antigos peregrinos percebem a diminuição de sua altura, mas a sua grandeza de valor persiste.

Em noite de Lua Cheia vale a pena caminhar antes do amanhecer para se surpreender.

Muitos até dormem por lá levando pão e vinho.

É o inicio do fim do caminho. Preste bem mais atenção a partir daí.

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