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O primeiro contato com o “Caminho de Santiago” foi em 1994. Após quase dois anos em busca de informações mais consistentes realizei o meu primeiro caminho em junho de 1996. Após os primeiros passos continuo até hoje. Ao longo dos anos foram percorridos diversos caminhos que levam a Santiago de Compostela. Além do tradicional Caminho Francês percorrido por diversas vezes também realizei outros trajetos. Em destaque o " Caminho Aragonês" , “Caminho País Vasco Interior e da Costa”, “Caminho Cantábrico”, “ Caminho Asturiano Interior e da Costa”, “Caminho Primitivo”, “Caminho Inglês”, “Caminho Português”, “Caminho de Madrid”, “Caminho del Ebro” e “Caminho de Antonino. Tive também a oportunidade trilhar a “Ruta del Cares”, a “Islas Cies”, “Vale de Azkoa-Selva Irati”, e outras ramificações de caminhos da Galícia, Navarra e Astúrias.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Andaderos & Caminhos e Trilhas & Asfalto.

Em nossa reunião mensal de peregrinos de Brasília do mês de junho foi abordado um assunto que alguns não gostam de comentar.

Por onde caminham os peregrinos?

Serão através matas fechadas, bosques sem fim, cavernas misteriosas, cachoeiras com transposição mágica, caminhos subterrâneos secretos, e uma série de fantasias que o ser humano intui na sua existência?

Com uma série de rituais catalogados e outros tantos lugares de passos mágicos sai o peregrino na direção de Santiago de Compostela.

Desde o início começam as surpresas ao verificar que a travessia dos Pirineus franceses em sua grande parte é realizada por uma estradinha rural asfaltada.

E ao longo do caminho vão se acostumando com alguns termos reais tais como, andaderos, acostamentos, carreteras, pistas de concreto, caminhos de terra batida e finalmente as trilhas que são poucas.

E talvez por essa razão em determinado trecho do caminho surge àquela célebre indagação.

O que estou fazendo aqui?

Pois bem, a partir daí independente por onde pisa o peregrino despe-se de todas as fantasias e começa o seu caminho real.

Surgem os companheiros de caminho, a solidariedade que foi cunhada por alguns de “espírito peregrino”, os acontecimentos inusitados durante o caminho que levam a reflexões profundas, a força interior renovada para vencer os desafios de caminhos tortuosos e difíceis.

E com o passar do tempo o peregrino vai percebendo que o seu caminho real de andaderos, terra batida, asfalto e trilhas estão modificando o seu modo de ver, e o que se passa ao seu redor.

Sem fantasias elaboradas ele encontra o seu caminho para chegar a Santiago Compostela, e muitas vezes já com aquela vontade de retornar a tudo de novo lá do início.

E ainda mais por saber que agora experimentará a sua fantasia verdadeira, e não a fantasia de um mercador de ilusões.

Manoel Brasília.
Grupo Peregrinos da Paz - Caminho Santiago
Brasília - Distrito Federal.

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